PROGRESSIVA COM FORMOL É OU NÃO PREJUDICIAL?
Há certo tempo, o uso da
progressiva com formol foi posto em cheque e com razão, pois cabeleireiros e
revendedores estavam usando e vendendo o produto da progressiva com uma
porcentagem de formol acima do permitido pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), que é de 0,2%.
Sinceramente, não entendo o
porquê de essas pessoas negligenciarem a saúde dos outros e de si mesmas sendo
que o formol não deixa o cabelo mais liso. Ele age como um “fortalecedor” do
fio criando uma espécie de proteção que o envolve, enrijecendo a queratina, que
também faz parte da composição da progressiva e é um constituinte natural e principal
do fio de cabelo.
Depois do tratamento, o cabelo
fica mais liso por conta deste novo volume, que o faz ganhar um novo e melhor
“caimento”, pois agora o cabelo está “mais pesado” e como, normalmente, se faz
a escova depois da aplicação do produto, o fio adere à forma imposta pela
própria escova, esticada. E assim permanece por um bom tempo, resistente a
variações climáticas e amassamentos ocasionais.
De qualquer forma, o formol
dentro da dosagem estabelecia pela ANVISA, não é prejudicial aos fios, porém na
hora de aplicar a progressiva – assim como tudo o que contém formol – pode haver
uma reação natural, de ardência nos olhos, na garganta e até tosse, devido à inalação
inevitável do produto.
Entretanto, pessoas alérgicas a
bijuterias, perfumes, detergentes, pó, portadoras de eczema alérgico e rinite
alérgica, podem ter reações em contato de qualquer espécie com o formol, da
mesma forma que há pessoas que são sensíveis a dipirona e picada de abelha, mas
isso não torna a dipirona e nem a abelha ameaças à saúde publica, apenas às
pessoas alérgicas.
A questão é, quando esse assunto repercutiu,
ele foi difundido e compreendido de forma inadequada, na época se exagerou o “óbvio”
e negligenciou-se o “porém”: progressiva com a porcentagem de formol acima 0,2%
“É” prejudicial à saúde, principalmente se o indivíduo for alérgico, “PORÉM” o
produto estando dentro dos parâmetros exigidos pela ANVISA e o cliente tendo
conhecimento de seu estado de saúde, não há risco algum.
Não advogo pela progressiva com
formol, tanto que trabalho com as duas em função da preferência das minhas
clientes, pois há quem prefira com formol e há quem prefira sem. Mas acredito
que seja importante informar sempre evidenciando os dois lados da informação, para
que nada pareça tendencioso ou questionável.